Sangue... sangue... Maldito sangue...

Ódio... sangue... família... são trés palavras que andam juntas.

Maldito seja o sangue que corre em minhas veias. Maldito seja o fruto do ventre de minha mãe. Maldito seja todo e qualquer fruto que tenha como origem esse Maldito sangue. Família desgraçada, à lama e à miséria para com esse sangue, desejo à todos uma morte lenta e dolorosa; morte que seja igual a minha. Sim, estou morrendo. Há 23 malditos anos que eu estou morrendo. Só conheci um sentimento dentro dessa insanidade que outrem chama de lar. ÓDIO...

Sou grato à essa escória que chamo família. Foi graças a tal sangue ruim que conheci o significado da palavra ódio. Foi graças a essa gente desconhecida que chamo de família que eu senti necessidade de vingança. Foi graças a todos eles que hoje me sinto no Inferno. Mas, se eles acham que está ruim, eles que me aguardem. Se minha família é o inferno, posso provar que sou o cão. Sou pior que todos eles. Fui alimentado com o veneno do seio de minha mãe quando criança; fui alimentado com mágoas e Rancores durante essa mediocridade a que chamam vida. Mas, levo algo valioso dessa vida:

"Pise o seu semelhante, antes que ele pise em você"

sangue... sangue....

Eu quero o sangue dessa raça.
Eu quero o fim desse tormento.
Eu quero a extinção desse maldito sangue...
sangue... sangue....

Há tempos, que não escrevo nada em prosa. Mas, não há o que prosar em verso o desanimo de minha mocidade, nem o rancor de minha infância, muito menos o ódio de minha mente....
sangue... sangue...

Eu quero o teu sangue, animal homem. Esse sangue tão semelhante ao meu...
Eu quero o teu sangue, animal família. Esse sangue que me fez tão diferente de vós...
Eu quero o teu sangue, animal semelhante... antes que te passe pela mente, querer ver o meu derramar... pisarei em quem for necessário para conseguir o que quero...
Mas tudo o que eu quero, é o teu sangue.... animal...

Seres desprovidos de qualquer lógica ou raciocínio. Seres desprovidos de qualquer capacidade de defesa própria. Seres acomodados... inalterados... o tempo provou ser o meu pior veneno, foi ele que me ajudou a destilar meu ódio insaciável pela humanidade suja e podre...
PODRE... como o teu sangue.... sangue.... laço eterno que me arrasta para o lodo, até que a TUA morte nos separe, fraterno meu... sangue.... sangue...

Acerta a tua própria ininteligência, programa-te com o simples FATO, que se eu afundar, levarei meu sangue comigo... mas juro afundar-te primeiro.... sangue...sangue...Sangue.... Sangue... nada mais do que algo vermelho que corre em minhas veias... não há laços que me una à essa corja de bandidos destruidores da sanidade mental...

Minha verdadeira família, não tem o meu sangue... são estes os meus amigos... os únicos em quem eu posso confiar (ou não)... estes sim, são melhores em número, gênero e grau, que àqueles malditos vermes imundos e hipócritas à quem ainda sou obrigado a chamar "consangüíneos"

Minha mãe é a rua, meus irmãos são meus amigos, minha família, são os familiares dos meus amigos, minha casa é onde eu estou durante o "agora". Nenhum lugar realmente me pertence, e eu, não pertenço a lugar algum...Fui gerado no ar, etéreo que sou... fui gerado no lodo, na lama, na sujeira, na podridão... disfarçada de porcelana cara, a ordem da "sagrada família" não passa de barro tosco e mal moldado... aquí são todos cães, filhos de ninguém... A lei suprema do inferno rege as nossas vidas, "sobrevive o mais forte, e o mais fraco, vira alimento do mesmo"; pisa-se uns nos outros, esperando alcançar a beirada do poço... derruba-se quem está por cima para alcançar a liberdade de si mesmos... Vermes...
Nenhum de vós merece a salvação... são todos vermes e podres...

Atearei fogo ao que sobrar de vós... cuspirei em suas sepulturas...
escarnearei às vossas desgraças... rir-me-ei de tua ruína... praguejarei o vosso nome... Aproveitarei-me de tuas desonras... Fazer-me-ei imperador supremo em tuas costas... derrubarei para não ser derrubado... pisarei sobre vossas cabeças ensangüentadas à fim de alcançar a liberdade e poder glorificar o vosso nome... Maldito sangue... sangue...

Amém

-d(ò.ó)b- Ana Carolina e Seu jorge - Chatterton

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