Espelho, espelho meu. Existe no mundo alguém mais ruim do que eu?!

O castigo vem à cavalo... a dor continua... não sei amar de outra forma... eu tentei pedir perdão... eu tentei me redimir... eu tentei, juro que tentei... mas, não deixaram; minha dor é meu castigo. A frieza nas palavras me dizem tudo... a dor de aguentar me escapa em pequenos espelhos em formato de coração, que só refletem a minha amargura, muitas vezes mal interpretada.
Se agora te encho deles, é porque errei. Não te peço mais perdão; não que você não mereça, mas sim, eu que não mereço. Essa dor é o meu castigo, minha pena, meus anos e anos de pena; e como se já não bastasse a dor de ser o que sou, ainda deparo com tua gélida resposta...
Mas, eu mereço. Sei que mereço. Não alivie a minha dor, ela exonerará a minha culpa (ou não). Fiz de mim mesmo um monstro, e não mais tenho à quem culpar, se não, à mim mesmo; afinal, o erro não foi de outro, se não eu mesmo.
O fato de ignorares o fato em si, é a prova que eu preciso de que sou ruim. Teu silêncio fala mais alto que os gritos à qual estou acostumado. Dói mais saber, que preferes ignorá-lo ignorar-me.
Mas, FATO é FATO, e não pode ser discutido ou argumentado;
assim como FEITO é FEITO e não pode ser mudado;
o mesmo acontece com a culpa...
CULPA é CULPA, perdoar-me antes mesmo de eu pedir, foi castigo;
e CASTIGO é CASTIGO, e deve ser cumprido...
Agradeço a você por não deixar de me amar...
Pergunto-me, porque amas este monstro...(?)
Calo-me... Minha culpa, minha dor, Teu silêncio...
Meu castigo...

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